Vô Nico GAITEIRO
Antônio Pedro da Silva (Nico Gaiteiro) nasceu em Imaruí S/C no dia 12 de setembro de 1918 - Faleceu em Tubarão S/C no dia 04 de fevereiro de 1992. Nico Gaiteiro começou a tocar seu instrumento (que ganhou de seu pai) ainda criança, apesar de ser um acordeon pequeno ele descobriu ali um número infinito de possibilidades sonoras. Como músico autodidata, tinha uma técnica espantosa e um domínio notável do acordeon. Com tanto talento, logo ficou conhecido e requisitado para shows e bailes na região. No Sítio Novo, gostava de se apresentar no palco do mercado/loja Oscar Valentim e em bailes/shows nas cidades vizinhas. No início, seu meio de transporte era uma aranha (carroça), levando os instrumentos e dois músicos para acompanhá-lo nos palcos e nas suas andanças entre uma cidade e outra. Minha avó Maria conta que algumas viagens duravam dias. Seu repertório variava entre choros, boleros e sertanejos da época, mas o estilo que ele mais gostava de tocar era choro. Neste estilo, ele encontrou a possibilidade de evoluir como instrumentista. Em 1946 casou-se com Maria Silveira da Silva (minha amada Avó), que foi o grande amor da sua vida. Em 1961 a família trocou o Sítio Novo (Imaruí) por Capivarí/SC, que na época ainda era um bairro de Tubarão. Ficaram por lá alguns anos, logo indo para o bairro Fábio Silva. Além de músico, Nico Gaiteiro foi um grande defensor da natureza e tinha uma relação intensa com o rio-mar (ecologia)... Ele nem conhecia a palavra ecologia...mas praticava intuitivamente.. Conhecia os segredos do mar e da pesca... era um grande pescador. Sinto muita falta desse mestre incrível que foi meu avô. Tive a sorte de passar a minha infância, adolescência e juventude em contato permanente com ele. Sempre calmo e generoso....me ensinou a amar a música, a natureza, enfim, no dia 04 de fevereiro de 1992, eu Adriano Dozol perdi o meu maior amigo aqui na terra..
Saudades do meu avô Nico
Nico Gaiteiro - In Memorian
1918 - 1992
Olá Adriano! Me emocionei com seu relato a respeito do seu NICO, seu avo. A loja, venda, onde ele estava constantemente por ser sua esposa prima do meu pai, este seu Oscar Valentim era meu pai um verdadeiro mestre inteligente e de afável cultura sem nunca ter frequentado uma escola. Eram homens de tempera aço de ótima tempera. Obrigado pelas palavras.
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